Fotografia
FORAL DOS MOUROS FORROS - 1269
Em 1269, o mesmo D. Afonso III concede o Foral dos Mouros Forros de Silves, Tavira, Loulé e Santa Maria de Faro, onde afirma: “(…) faço carta de foro e segurança a vós, Mouros que sois forros, (…) Mando que nenhum cristão ou judeu tenha poder de fazer-vos mal ou força (…)”.
Antecedentes
Decorridos vinte e três anos após a tomada de Lisboa e da área adjacente, precisamente em Março de 1170 em Coimbra, D. Afonso Henrique concedeu um foral aos muçulmanos livres, correntemente designados por Mouros Forros de Lisboa e extensivo aos de Almada, Palmela e Alcácer do Sal e que curiosamente precedeu de nove anos a concessão de foral à própria cidade de Lisboa.
Precisemos que os Muçulmanos foram a única minoria contemplada pela legislação régia da altura.
Este foral continha disposições legais que definiram o estatuto da comunidade de Muçulmanos no seio da sociedade cristã, garantindo-lhes a liberdade de religião e a conservação das suas propriedades mediante pagamento dos impostos e cumprimento de certas obrigações, em suma, um quadro específico dos seus deveres e direitos.
Confirmado em 1217 em Santarém, já no reinado de D. Afonso II e com o aditamento da inviolabilidade do seu domicílio, este foral constituiu o modelo de toda a legislação posterior que abrangeu esta minoria como, por exemplo, nos de Tavira, Loulé, Silves e Faro datados de 1269, concedidos depois de concluída a reconquista.
1272 (1320) - Igreja e Convento São Francisco
A igreja, juntamente com as restantes divisões conventuais, era um dos mais proeminentes edifícios do Algarve medieval.
O convento fundado pelos franciscanos entre 1250 e 1330, no tempo do Rei D. Diniz, foi assolado por diversas catástrofes, de que se salientam os terramotos (1722 e 1755), uma derrocada (1840) e um pavoroso incêndio (1881).
No jardim anexo ao templo conservam-se duas capelas góticas que pertenceriam à igreja conventual, com cobertura em abóbada de cruzaria de ogivas assente em capitéis decorados com motivos vegetalistas.
Ao fundo encontra-se o cemitério (1) e pelo jardim espalham-se inúmeras pedras trabalhadas, brasões.
Com o fim das Ordens Religiosas, séc. XIX, a igreja passa a pertencer à Confraria da Ordem Terceira de São Francisco.
(1) - O cemitério foi encerrado definitivamente em 1918, ano em que foi inaugurado o novo cemitério no sítio de São Pedro.
1328 - Afonso XI de Castela põe cerco a Tavira
Um episódio lendário, refere esta primitiva lenda: à época de Afonso IV de Portugal (1325-1357), por volta de 1328, Afonso XI de Castela impôs cerco a Tavira.
Nessa ocasião, as forças castelhanas "...tendo assentado arraial na Igreja de São Francisco. Num Sábado de madrugada e quando escolhia o melhor sítio para assaltar as muralhas viu sobre a igreja de Santa Maria
1542 ou 1569 - Convento de Nossa Senhora da Graça (Ordem de Santo Agostinho)
1573 - Fortaleza de Santo António - Rato
1606 - Igreja de São Paulo
(Antigo Convento de Nossa Senhora da Ajuda) (Ordem dos Eremitas de São Paulo)
1662 . Criada a Feira de São Francisco (Atalaia) 3,4 e 5 de Outubro
1672 Forte de São João da Barra (Cabanas)
1732 - Lançadas as primeiras armações de atum
1746 - Convento da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo
1795 - Quartel da Atalaia
1876 - Fundação do Clube de Tavira (antigo Grémio)
1897 - Dom Carlos visita Tavira
1905 - Caminho de Ferro chega a Tavira
Visita de Dom Carlos e da rainha Dona Amélia a Tavira sob grande apoio popular.1897
Vista geral Igreja de Santiago e Igreja de Santa Maria
Aguarela de Fonseca Martins
Em primeiro plano, a Rua da Liberdade com a casa de Irene Rolo - telhados de quatro águas ou telhados em tesouro
Do lado esquerdo a Igreja de Santiago
Do lado direito a Igreja de Santa Maria
Dom Paio Peres Correia
Mestre da Ordem Militar de Santiago da Espada (Séc. XIII)
Túmulo dos Sete Cavaleiros (parede da Capela Mor)
Mestre da Ordem Militar de Santiago da Espada (Séc. XIII)
Cruz dos Espatários
Túmulo dos Sete Cavaleiros (parede da Capela Mor)
Igreja de Santa Maria do Castelo ou dos Mártires em honra dos sete cavaleiros
(Monumento Nacional - Decreto de 16-6-1910)
Aqui repousam os ossos dos cavaleiros da Ordem de Santiago da Espada e de um mercador moçárabe chacinados na campina da Luz em 1242
1242 - Morte dos Sete Cavaleiros Espatários na contenda do sítio da Antas (Luz) : D Pedro Pires (Peres ou Rodrigues?) (Comendador da Ordem de Santiago em Castela), Mem do Valle, Durão (ou Damião) Vaz, Álvoro (Álvaro) Garcia (ou Garcia Estevam), Estêvão (Estevam) Vaz (Vasques), Beltrão de Caia e o mercador (moçárabe) Garcia Roiz (Rodrigues)
Conquista de Tavira - 1242 - reinado de D. Sancho II
segundo outros historiadores a conquista poderá ter sido:
1238 ou 1239 conquista de Cacela e Tavira
1239 -- D. Paio Peres Correia, Mestre da Ordem Militar de Santiago da Espada conquista
Tavira aos mouros (11 de Junho)
Maio de 1240 segundo Alexandre Herculano;
1242 - Morte dos Sete Cavaleiros Espatários na contenda do sítio da Antas (Luz) : D Pedro Pires (Peres ou Rodrigues?) (Comendador da Ordem de Santiago em Castela), Mem do Valle, Durão (ou Damião) Vaz, Álvoro (Álvaro) Garcia (ou Garcia Estevam), Estêvão (Estevam) Vaz (Vasques), Beltrão de Caia e o mercador (moçárabe) Garcia Roiz (Rodrigues)
Conquista de Tavira - 1242 - reinado de D. Sancho II
segundo outros historiadores a conquista poderá ter sido:
1238 ou 1239 conquista de Cacela e Tavira
1239 -- D. Paio Peres Correia, Mestre da Ordem Militar de Santiago da Espada conquista
Tavira aos mouros (11 de Junho)
Maio de 1240 segundo Alexandre Herculano;
(A data da conquista de Tavira não é consensual)
D. Sancho II, doa Tavira à Ordem de Santiago da Espada - 1244
Foral - Foral Velho de Tavira - 1266 - D. Afonso III
A Tavira foram outorgados 3 forais
Os dois primeiros no Séc. XIII por D. Afonso III
e o último por D. Manuel I no Séc. XVI
As preocupações de D. Afonso III com Tavira, nos meados do séc. XIII, não se relacionavam apenas com questões de povoamento mas sobretudo com o exercício do poder e posse da terra, neste caso alargado a todo o Algarve.
Tratado de Badajoz 1267
D. Sancho II, doa Tavira à Ordem de Santiago da Espada - 1244
Brasão de Sant'Iago da Espada
Por cima do portal da Igreja de Santiago em Tavira
D. Paio Peres Correia recebe das mãos de D. Sancho II o Castelo de Tavira com o padroado da Igreja, doação feita em Coimbra e confirmada pelo Papa Inocêncio IV, em 8 de Setembro de 1245
1264 Afonso X, por carta de 20 de Setembro,
datada de Sevilha e dirigida a D. João Aboim e a D. Pedro Annes, seu filho, desobriga-os de vassalagem ao rei de Leão e Castela, terminando nesta data as suas pretensões sobre o Algarve,
Foral - Foral Velho de Tavira - 1266 - D. Afonso III
A Tavira foram outorgados 3 forais
Os dois primeiros no Séc. XIII por D. Afonso III
e o último por D. Manuel I no Séc. XVI
As preocupações de D. Afonso III com Tavira, nos meados do séc. XIII, não se relacionavam apenas com questões de povoamento mas sobretudo com o exercício do poder e posse da terra, neste caso alargado a todo o Algarve.
Tratado de Badajoz 1267
O Tratado de Badajoz foi assinado em 16 de Fevereiro de 1267 por Afonso III de Portugal e Afonso X de Leão e teve como objectivo o tratado, estabelecer a quem pertencia o Algarve, a Portugal ou ao rei de Castela e de Leão, como o rei de Castela e de Leão alegava direitos devido à posse de feudos no Algarve, mas com a assinatura do tratado foi estabelecido bases de cooperação e de amizade entre ambos os reinos.
Este documento constitui a carta da fundação de uma das fronteiras mais antigas da Europa com consequências directas na configuração moderna que hoje conhecemos como Espanha e Portugal.
FORAL DOS MOUROS FORROS - 1269
Painel de entrega do foral aos mouros (Faro)
Em 1269, o mesmo D. Afonso III concede o Foral dos Mouros Forros de Silves, Tavira, Loulé e Santa Maria de Faro, onde afirma: “(…) faço carta de foro e segurança a vós, Mouros que sois forros, (…) Mando que nenhum cristão ou judeu tenha poder de fazer-vos mal ou força (…)”.
Antecedentes
Decorridos vinte e três anos após a tomada de Lisboa e da área adjacente, precisamente em Março de 1170 em Coimbra, D. Afonso Henrique concedeu um foral aos muçulmanos livres, correntemente designados por Mouros Forros de Lisboa e extensivo aos de Almada, Palmela e Alcácer do Sal e que curiosamente precedeu de nove anos a concessão de foral à própria cidade de Lisboa.
Precisemos que os Muçulmanos foram a única minoria contemplada pela legislação régia da altura.
Este foral continha disposições legais que definiram o estatuto da comunidade de Muçulmanos no seio da sociedade cristã, garantindo-lhes a liberdade de religião e a conservação das suas propriedades mediante pagamento dos impostos e cumprimento de certas obrigações, em suma, um quadro específico dos seus deveres e direitos.
Confirmado em 1217 em Santarém, já no reinado de D. Afonso II e com o aditamento da inviolabilidade do seu domicílio, este foral constituiu o modelo de toda a legislação posterior que abrangeu esta minoria como, por exemplo, nos de Tavira, Loulé, Silves e Faro datados de 1269, concedidos depois de concluída a reconquista.
1272 (1320) - Igreja e Convento São Francisco
A igreja, juntamente com as restantes divisões conventuais, era um dos mais proeminentes edifícios do Algarve medieval.
O convento fundado pelos franciscanos entre 1250 e 1330, no tempo do Rei D. Diniz, foi assolado por diversas catástrofes, de que se salientam os terramotos (1722 e 1755), uma derrocada (1840) e um pavoroso incêndio (1881).
No jardim anexo ao templo conservam-se duas capelas góticas que pertenceriam à igreja conventual, com cobertura em abóbada de cruzaria de ogivas assente em capitéis decorados com motivos vegetalistas.
Ao fundo encontra-se o cemitério (1) e pelo jardim espalham-se inúmeras pedras trabalhadas, brasões.
Com o fim das Ordens Religiosas, séc. XIX, a igreja passa a pertencer à Confraria da Ordem Terceira de São Francisco.
(1) - O cemitério foi encerrado definitivamente em 1918, ano em que foi inaugurado o novo cemitério no sítio de São Pedro.
LENDA
- um dos reis mais cruéis da Península -
Um episódio lendário, refere esta primitiva lenda: à época de Afonso IV de Portugal (1325-1357), por volta de 1328, Afonso XI de Castela impôs cerco a Tavira.
Nessa ocasião, as forças castelhanas "...tendo assentado arraial na Igreja de São Francisco. Num Sábado de madrugada e quando escolhia o melhor sítio para assaltar as muralhas viu sobre a igreja de Santa Maria
sete enormes vultos com bandeiras nas mãos e nelas as armas do apóstolo Santiago. Espantado chamou os conselheiros que lhe disseram ser esses vultos os sete cavaleiros que morreram a quando da conquista de Tavira aos mouros e que eram os guardiões da cidade. O rei ao saber isto e por devoção aos cavaleiros mártires logo se tornou para o seu reino sem fazer mal algum em Portugal." (Frei João de São José).
Afonso XI era filho da infanta Constança de Portugal e de Fernando IV de Leão e Castela. Era por isso neto materno da Rainha Santa Isabel e do rei D. Dinis de Portugal.
Foi armado cavaleiro no mosteiro real de Las Huelgas em Burgos a 1331, iniciou imediatamente um conflito contra o seu sogro Afonso IV de Portugal, conflito que cessaria com a aliança entre os dois monarcas para atacarem os mouros na célebre Batalha do Salado - Cadiz - Andaluzia.
1383-1385 MEMORIAL aos partidários MESTRE DE AVIZ
Fernão Lopes, na Crónica de D. João I, identifica os tavirenses que chefiaram a Revolução em Tavira, foram:
Rodrigo Afonso Aragão - Alcaide-mor de Tavira
Vasco Anes da Costa - cavaleiro honrado e fronteiro-mor do Algarve
Gonçalo Arrais de Mendonça - fidalgo
1415 - Regresso da armada após a tomada de Ceuta
D. João I, regressa da conquista de Ceuta (Setembro) aporta a Tavira.
Aqui se celebra a cerimónia religiosa para armar cavaleiros os príncipes: D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique.
1504 - Foral Manuelino de Tavira
1509 - Convento de Nossa Senhora da Piedade ou das Bernardas (Ordem de Cister) D. Manuel concluído em 1528 (D. João III)
1520 - D. Manuel eleva Tavira à categoria de cidade
Afonso XI era filho da infanta Constança de Portugal e de Fernando IV de Leão e Castela. Era por isso neto materno da Rainha Santa Isabel e do rei D. Dinis de Portugal.
Foi armado cavaleiro no mosteiro real de Las Huelgas em Burgos a 1331, iniciou imediatamente um conflito contra o seu sogro Afonso IV de Portugal, conflito que cessaria com a aliança entre os dois monarcas para atacarem os mouros na célebre Batalha do Salado - Cadiz - Andaluzia.
1383-1385 MEMORIAL aos partidários MESTRE DE AVIZ
Memorial em azulejos colocado à entrada da Ponte, margem direita, em 1959
Fernão Lopes, na Crónica de D. João I, identifica os tavirenses que chefiaram a Revolução em Tavira, foram:
Rodrigo Afonso Aragão - Alcaide-mor de Tavira
Vasco Anes da Costa - cavaleiro honrado e fronteiro-mor do Algarve
Gonçalo Arrais de Mendonça - fidalgo
1415 - Regresso da armada após a tomada de Ceuta
D. João I, regressa da conquista de Ceuta (Setembro) aporta a Tavira.
Aqui se celebra a cerimónia religiosa para armar cavaleiros os príncipes: D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique.
Foi na Igreja de Santa Maria do Castelo, que D. João I, quando regressou de Ceuta com os filhos, D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique, segundo as "Notícias Históricas de Tavira", disse-lhes:
"A vós D. Duarte não sei que acrescentamento e honra Vos posso fazer sobre o que Deus vos quis dar. Sendo meu primeiro filho, herdeiro de meus remos e de minha terra, podeis tomar n’ella tanto quanto vos aprouver". "Mas a vós outros me praz de fazer Duques a saber: a vós Infante D. Pedro faço duque de Coimbra e ao Infante D. Henrique duque de Viseu e pela grandeza e o trabalho que fechou em todos estes feitos, assim na armada que fez no Porto, como do trabalho e perigo que houve no dia em que filhámos a cidade e por todas as coisas que em ela obrou o faço Senhor da Covilhã".
Terminou D. João I, tendo presente Nuno Alvares Pereira, que tem a sua imagem na igreja de Santa Maria, com aplausos da nobreza, que pela primeira vez eram concedidos aqueles títulos em Portugal.
1509 - Convento de Nossa Senhora da Piedade ou das Bernardas (Ordem de Cister) D. Manuel concluído em 1528 (D. João III)
1520 - D. Manuel eleva Tavira à categoria de cidade
1542 ou 1569 - Convento de Nossa Senhora da Graça (Ordem de Santo Agostinho)
1573 - Fortaleza de Santo António - Rato
1606 - Igreja de São Paulo
(Antigo Convento de Nossa Senhora da Ajuda) (Ordem dos Eremitas de São Paulo)
1662 . Criada a Feira de São Francisco (Atalaia) 3,4 e 5 de Outubro
1672 Forte de São João da Barra (Cabanas)
1732 - Lançadas as primeiras armações de atum
1746 - Convento da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo
1795 - Quartel da Atalaia
1876 - Fundação do Clube de Tavira (antigo Grémio)
1897 - Dom Carlos visita Tavira
1905 - Caminho de Ferro chega a Tavira
Visita de Dom Carlos e da rainha Dona Amélia a Tavira sob grande apoio popular.1897
Sem comentários:
Enviar um comentário