POSTAIS ANTIGOS DE TAVIRA
Colecção de postais antigos, editados pela Câmara Municipal de Tavira em Junho de 1984
01 - A Principal
A Principal - Edifício demolido cerca de 1888 para embelezamento daquele espaço, a Praça da Ribeira (actual Praça da República)
Na rectaguarda ficava a Torre do Mar (visível na gravura) .
Este edifício alojava a Guarda Principal da cidade, destacada do Regimento de Tavira, o paiol da pólvora, o calabouço militar e a Capela de Santo António da Praça.
Situava-se a jusante da ponte, junto à entrada Sul da Ponte.
02 - Desenho da Principal
A Principal e a Torre - Praça da Ribeira
A gravura é um desenho que figurava no "pano de boca" do antigo teatro de Tavira, situado em frente à Igreja de Santiago.
03 - Cadeia Civil
A Cadeia - Edifício que serviu de Cadeia até 1916.
Situava-se no gaveto formado entre a Rua de Santiago (actual rua D. Paio Peres Correia) e a antiga Rua Nova Grande (actual Rua da Liberdade)
No Séc. XVI e anteriores poderá ter sido Paço Real.
Foi demolido no final da década de 20 (séc. XX) para se tornar a sede do Banco Cansado e Comandita. Actualmente é Estação Principal dos CTT.
04 - Ponte antiga
Ponte Antiga sobre o Rio Gilão.
Fazia e faz a ligação da Praça da República (margem direita) com as Ruas Jacques Pessoa, António Cabreira e 5 de Outubro (margem esquerda)
Imagem do início do Século XX.
Repare-se na ponte engalanada (dia de festa) e a muralha do rio ainda sem gradeamento e com os "veículos" de transporte de passageiros e cargas estacionados à beira do Gilão.
05 - Vista geral Século XVI
Tavira séc. XVI
Gravura de Tavira dos princípios do século XVI.
Desenho feito com rotação do artista, muito provavelmente, do Alto de Santana e atrás da respectiva igreja que está bem visível.
Repare-se na ponte sobre o Rio Gilão com um único arco e a Torre.
06 - Praça da Constituição ou Praça da Ribeira
Foto dos finais do século XIX
07 - Edifício da Farmácia de Montepio
Tavira - Montepio
Edifício de gaveto formado entre a ex-Rua de Santo Antão (actual Av. Dr Mateus Teixeira de Azevedo) com a ex-rua de São Francisco (actual Rua Tenente Couto).
Repare-se na tabuleta da Farmácia do Montepio fundada no terceiro quartel do Séc. XIX.
As cantarias actualmente existentes são diferentes.
Este edifício foi residência do Padre Dr. Henrique Nunes Leal da Gama, fundador de um morgado no século XVIII.
08 - Vista parcial de Tavira
Este depósito foi, incompreensivelmente, destruído logo a seguir ao 25 de Abril de 1974, por um edil comunista, nomeado para o cargo.
09 - Mercado Municipal
Tavira Mercado Século XIX
Edifício construído em 1887.
Anteriormente o mercado diário de Tavira fazia-se na Praça da Ribeira que hoje se denomina Praça da República
10 - Ponte do Caminho de Ferro
11 - Quartel de Tavira
O Quartel da Atalaia de Tavira foi mandado construir por D. Maria I em 1795 a instâncias e por direcção do Conde de Val de Reis, Capitão General do Reino do Algarve, para nele se aquartelar o Regimento de Infantaria 14
12 - Teatro Popular
Este espaço foi demolido em 1964 e reconstruída uma nova sala de espectáculos dando lugar ao Cine-Teatro António Pinheiro.
No ano de 2018 sofre nova reconstrução e, a nova sala, deverá ser inaugurada ainda em 2018.
13 - Monumento aos Mortos da Grande Guerra
Tavira Praça da República
Década de 30 - Século XX
Monumento aos Mortos da 1ª Grande Guerra
Este monumento, da autoria de Alberto Ponce de Castro, começou a ser construído em 1932, sendo a primeira pedra lançada pelo Presidente da República, General Carmona.
Foi inaugurado pelo Ministro da Guerra, o General Daniel Rodrigues de Sousa, em 9 de Abril de 1933.
14 - Palácio da Galeria
Século XVII
Monumento de interesse público
O edifício inicial deve ser da primeira metade do século XVI.
A primeira referência ao Palácio data do ano de 1682
Em 1863 o palácio é adquirido pela Câmara Municipal e nele se instala
1 piso o Clube Recreativo Tavirense
2 piso a Administração do Concelho (1864), o Tribunal Judicial (1865), mais tarde foi Repartição da Fazenda Pública, Tesouraria Municipal, Escola Masculina, Escola do Ensino Técnico de Tavira (1962), Escola Preparatória de Tavira (1968). Em 1980 com a saída da Escola Técnica, o edifício fica devoluto e em 1983 instala-se ali o GAT (Gabinete de Apoio Técnico) municipal,
Actualmente funciona, de modo excelente, o Museu Municipal de Tavira
É, talvez, o mais belo exemplar da arquitectura civil de Tavira
15 - Torre Octogonal Castelo
Torre octogonal do Castelo, em primeiro plano e à esquerda, muralha (arruinada) e, ao fundo, Igreja de Santa Maria com campanário e torre do relógio
Foto da primeira metade do século XX
16 - Igreja de Santiago
Igreja de Santiago século XIII , devotada a Santiago Maior, antes Mesquita Menor
17 - Igreja de Nossa Senhora da Ajuda ou de São Paulo
Igreja de São Paulo
O edifício desta antiga igreja conventual era dos frades eremitas de São Paulo e começou a ser construído em 1606.
Após a extinção das ordens religiosas em 1834, o convento e o terreno da cerca foram vendidos em hasta pública. (a)
A igreja foi entregue à confraria de Nossa Senhora da Ajuda e, posteriormente, à paróquia de Santa Maria.
(a) No contexto que se seguiu à assinatura da Convenção de Évora Monte, o então Ministro da Justiça, Joaquim António de Aguiar, o Mata Frades, redigiu o texto do Decreto de extinção das Ordens Religiosas que, assinado por Pedro IV de Portugal, embora apresente a data de 28 de maio, foi publicado em 30 de maio de 1834.
(a) No contexto que se seguiu à assinatura da Convenção de Évora Monte, o então Ministro da Justiça, Joaquim António de Aguiar, o Mata Frades, redigiu o texto do Decreto de extinção das Ordens Religiosas que, assinado por Pedro IV de Portugal, embora apresente a data de 28 de maio, foi publicado em 30 de maio de 1834.
18 - Igreja de São Francisco
Igreja do antigo convento de São Francisco
Praça Zacarias Guerreiro, Tavira.
Situa-se nas proximidades das muralhas medievais. A igreja, juntamente com as restantes divisões conventuais, era um dos mais proeminentes edifícios do Algarve medieval. O convento fundado pelos franciscanos entre 1250 e 1330 foi assolado por diversas catástrofes, de que se salientam os terramotos (1722 e 1755), uma derrocada (1840) e um pavoroso incêndio (1881).
Actualmente é um edifício complexo, com várias intervenções ao longo da sua história. Conserva ainda interessantes vestígios medievais e um antigo cemitério. A igreja tem hoje um traçado distinto do original, destacando-se a actual sacristia, com uma abóbada sexpartida por nervuras saídas de um único fecho e assentes em capitéis góticos com decoração vegetalista, refletindo a influência da arte da Batalha (séc. XV).
No jardim camarário anexo ao templo conservam-se duas capelas góticas que pertenceriam à igreja conventual, com cobertura em abóbada de cruzaria de ogivas assente em capitéis decorados com motivos vegetalistas.
A igreja, é talvez a única, a apresentar 2 cúpulas
A igreja, é talvez a única, a apresentar 2 cúpulas
19 - Igreja da Misericórdia
Tavira - Igreja da Misericórdia - Século XVI
A igreja, de estilo renascentista, é constituída por três naves, sem Capela-Mor
A sua decoração apresenta um conjunto de painéis de azulejos azuis e brancos, do século XVIII, que mostram as 18 Obras de Misericórdia (Obras Espirituais, Obras Corporais e vida de Cristo).
A fachada principal é considerada um dos melhores testemunhos da Renascença portuguesa no Algarve.
O pórtico principal, um arco de volta perfeita está encimado pela imagem de Nossa Senhora da Misericórdia ao centro, sob um dossel e ladeada por dois anjos esvoaçantes, e encontra-se no meio das figuras de São Pedro e São Paulo, sendo visível ainda o brasão da cidade de Tavira.
Estas armas são tidas como as mais antigas da cidade.
20 - Baluarte - Muralhas
21 - Castelo de Tavira (interior)
Interior do Castelo de Tavira (início do séc. XX)
Castelo medieval século XIII sobre fortificação moura do séc. XII (Tabira)
A primitiva fortaleza, muito provavelmente. seria fenícia do século VIII a.C.
22 - Copejo do Atum
23 - Lanchas Santa Luzia
Lancha da sacada ou lancha grande era usada na pesca do alto e no lançamento das redes de sacada. Com cerca de 9 metros de comprimento e 2,7 de boca, era um barco de boca aberta, popa de painel e leme por fora.
Tripulada por 4-5 homens, envergava um bastardo latino muito repicado com três filas de rizes.
24 - Apetrechos de Armações
25 - Campanha de uma armação
Arrastando um "calão" para terra
O Calão era um barco com 7,5 m de comprimento por 2,6 de boca e uma tripulação de 10 a 12 homens. Tinha a boca aberta, borda rasa, proa redonda e popa ogival.
Possuía bancadas para os remadores e quando era utilizada nas armações de pesca, armava uma vela triangular apoiada num mastro ligeiramente inclinado.
Tinha como principal característica um olho pintado e um “cornicho” de madeira.
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